Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 31/08/2011, sobre como solicitar um aumento coletivo numa empresa com poucos funcionários.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Como solicitar um aumento coletivo?'
"Trabalho em uma empresa que tem doze funcionários", escreve um ouvinte. "Apesar do tamanho dela, somos doze técnicos especializados. Temos informações sobre o mercado e sabemos que os nossos salários estão bem defasados. Por isso, queremos solicitar um aumento coletivo. Qual seria a melhor maneira de conversar com o patrão? Indo todo mundo junto ou nomeando um, para falar em nome do grupo?"
Bom, se vocês têm um patrão compreensível, que vai ouvir os argumentos de vocês e vai expôr os motivos dele, tudo numa boa e em alto nível, tanto faz se vai um ou se vão todos.
Mas vamos considerar a hipótese de que o patrão de vocês não seja compreensivo e nem muito paciente. Há meia dúzia de patrões assim no Brasil, e talvez vocês tenham dado o azar de ter um deles.
Nesse caso, ir todo mundo junto vai parecer mais um motim do que uma reivindicação. Já escolher um representante é colocar muito peso nos ombros de um só. O ideal seria nomear uma comissão. Quatro seria um bom número. É importante que os quatro escolhidos não falem ao mesmo tempo, mas que cada um fale alguma mesma coisa, sem se exaltar e usando argumentos sólidos, como a comparação salarial com outras empresas que o nosso ouvinte diz possuir.
Bom, e se o patrão simplesmente ouvir e responder que não concederá o aumento? Os doze vão pedir a conta? Como essa é uma hipótese altamente improvável, já que cada um tem as suas próprias necessidades, sobra a resposta negativa.
Mas eu diria que ela não deixa de ser positiva, porque o patrão ficará ciente que poderá perder um par de bons técnicos e não conseguirá contratar outros do mesmo nível porque oferece salários abaixo do mercado. Ou seja, o patrão ganhará um tempo para refletir. E cada um dos doze poderá decidir, individualmente, se é melhor esperar ou procurar outro patrão.
Max Gehringer, para CBN.
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