Com essa verdadeira mistura cultural e acadêmica, Ronit Judelman nos apresenta uma visão crítica do ser humano e dos rumos da humanidade na sua série Armas de destruição em massa - Os jogos que as pessoas brincam (tradução livre de Weapons of Mass Destruction - Games People Play). Nesta série, a artista nos apresenta esculturas de alguns objetos infantis revisitados com o tema da guerra (sendo israelita "de coração", conflitos é um tem que ela conhece bem). Ou como ela mesma diz sobre o trabalho: "De maneira a enfatizar o paradoxo de usar guerra para alcançar paz, eu combinei brinquedos de crianças, que remetem a segurança, inocência e diversão, com armas de adultos, que simbolizam agressão, transtornos e crueldade."
É interessante ainda notar como a artista usa materiais transparentes para suas esculturas. De certa forma, essa transparência reflete (mais uma vez) o paradoxo da natureza da sociedade, que incentiva o "mostrar" enquanto opera em um nível psicológico de "as coisas não são o que parecem ser". Vejam:
Bonecas transparentes com granadas dentro.
Balas de metralhadoras como lápis/giz de cera
Rifles transparentes com bonequinhos dentro, atirando os brinquedos.
LP (daqueles que com mais de 25 devem se lembrar) simbolizando o ciclo interminável de violência e guerras.
Um resta-um com balas como peças.
E pra finalizar, uma imagem que não faz parte dessa série, mas que eu coloco aqui porque ilustra bem o estilo de esculturas da artista.
Full of nonsense - mostra uma boneca gorda transparente de mulher cheia de tralhas dentro.
Imagens via site de Ronit Judelman. Dica via Empty Kingdom.
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