Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/08/2011, sobre as mudanças do mercado de trabalho em relação a questão de ter ou não um curso superior.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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A mudança significativa no mercado de trabalho na última década
O mercado de trabalho sofreu uma mudança significativa na última década. Com o barateamento das mensalidades de faculdades e sua consequente expansão, um diploma de curso superior tornou-se largamente acessível. Mesmo correndo o risco de carregar um pouco na afirmação, eu diria que até 1995, tinha diploma de curso superior quem podia, e hoje não tem quem não quer.
E essa mudança pegou uma geração de calças curtas. É a geração dos profissionais com idade superior a 35 anos que não fizeram um curso superior porque não precisavam. Conseguiram empregos razoáveis, mantiveram-se neles e agora sentiram a mudança.
As empresas em que eles trabalham preferem contratar ou promover profissionais com curso superior, limitando a possibilidade de ascensão interna de quem não tem. E, se o profissional decide mandar um currículo para outra empresa, é eliminado do processo porque o pré-requisito é um curso superior.
Muitos ouvintes que se encontram nessa situação me escreveram, perguntando que curso fazer.
Aí, há duas situações. A primeira é a dos profissionais que trabalharam a vida inteira em um determinado setor e cogitam fazer um curso para mudar radicalmente o rumo da carreira. A possibilidade disso dar certo é bem remota, porque o profissional conseguirá um diploma, mas perderá em experiência anterior para outros candidatos.
O que vale a pena é um curso superior na própria área de especialização. Ou seja, agregar um diploma ao que já sabe fazer. Isso daria peso ao currículo e geraria mais oportunidades futuras.
Vários ouvintes perguntaram se um diploma aos 40 anos fará diferença. Fará, e muita. Principalmente considerando-se que daqui a 10 ou 20 anos, eles ainda estarão no mercado de trabalho e o curso superior será o mínimo que qualquer empresa irá exigir em um processo seletivo.
Max Gehringer, para CBN.
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