Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/08/2011, sobre os cuidados que um jovem deve ter ao escolher um curso tecnológico.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Os cuidados na hora de escolher um curso tecnológico
Semana passada fiz um comentário sobre os cursos tecnológicos que conferem diploma de nível superior e título de tecnológo. Recebi muitas mensagens a respeito, que separei em duas categorias. A primeira é a das instituições de ensino, que me enviaram basicamente os textos que utilizam para atrair alunos e que são calcados nos decretos que instituíram os cursos tecnológicos. E a segunda é a dos formandos que não conseguem se empregar na área de formação. Vamos então juntar as duas coisas.
Os cursos tecnológicos foram criados para atender a necessidades específicas do mercado de trabalho, e não o contrário. Ou seja, o surgimento de um novo curso tecnológico não irá fazer com que as empresas mudem suas políticas de contratação se elas estão sendo plenamente atendidas pelos cursos técnicos ou de bacharelado já existentes. Por isso, cursos tecnológicos que preenchem lacunas são bem aceitos pelo mercado de trabalho. Em meu comentário, eu citei três deles: logística, informática e mecatrônica.
Agora, o exemplo inverso. As áreas de marketing das empresas estão devidamente supridas pelos bacharéis pelos cursos de propaganda e marketing. Logo, quando surge um curso tecnológico de marketing, ele não preenche uma necessidade.
Esse é o cuidado que um jovem deve tomar ao escolher um curso tecnológico. Quanto mais ele for voltado para a formação de caráter técnico, como os três que citei, maiores serão as chances do formando se empregar. Foi nesse sentido que eu disse que cursos tecnológicos formam técnicos, não em relação ao título que o formando recebe, mas em relação a essência do que ele aprende.
Um ouvinte, formado em Tecnologia em Processos Gerenciais, descreveu essa situação. Ele escreveu: "A frustração de não conseguir emprego me faz pensar que existe uma discriminação do mercado contra os tecnológos, mas a razão me diz que eu talvez tenha feito o curso errado".
Max Gehringer, para CBN.
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