Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/04/2012, sobre as diferenças entre ser empregado e empresário.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Decidi abrir uma franquia e, agora, quero retornar ao mercado de trabalho'
Um ouvinte escreve: "Após construir uma carreira sólida, que me permitiu, aos 30 anos de idade, chegar a um cargo de confiança em uma grande empresa, tomei a decisão de sair e abrir meu próprio negócio. Fui levado a isso pelo desgaste físico e mental. Eu trabalhava 12 horas por dia, inclusive aos sábados. Avaliei várias oportunidades e me decidi por uma franquia. Não posso dizer que fui mal sucedido. Porém, em termos de vida pessoal, passei a trabalhar até mais horas diárias do que trabalhava na empresa. Além disso, muitas coisas que numa grande empresa são compartilhadas, como pagamentos e gestão de pessoal, passaram a ser de minha única responsabilidade. Resultado: estou com 38 anos e me sinto como se tivesse 50. O que há oito anos me parecia uma tortura, hoje já me parece aceitável e me sinto tentado a retornar ao mercado de trabalho. Estou deixando de avaliar algum aspecto relevante?"
Não. Você avaliou perfeitamente a situação. Eu nunca tive dúvidas de que ser empresário é mais desgastante do que ser empregado. O que ameniza esse desgaste é o fato de que o esforço do empresário resulta em seu próprio benefício.
Você tomou a decisão que lhe parecia correta há oito anos porque estava comparando algo que já conhecia com algo que apenas imaginava como seria. Agora, pode fazer a comparação a partir de experiências práticas.
Sua idade atual lhe permite retornar ao mercado de trabalho. Mas deixo-lhe um pequeno alerta. Ao retornar, você encontrará muitos jovens ambiciosos, como você foi, dispostos a ralar doze horas diárias para construir uma carreira. E um deles poderá vir a ser o seu chefe. O seu maior desafio será o de equilibrar a sabedoria que você adquiriu com o nível de exigência das empresas, que, lamento dizer, não diminuiu nem um pouco nesses oito anos.
Max Gehringer, para CBN.
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