Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/10/2014, com o comentário especial em comemoração ao aniversário da CBN, com um ouvinte que pergunta sobre a própria carreira do Max Gehringer.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Não espere alguém perguntar por que você ainda não mudou
"Meu nome é Fábio Barone, eu tenho 32 anos, moro na de cidade Contagem, Minas Gerais. Eu ouço a CBN por cerca de oito anos aproximadamente. Eu gostaria de perguntar, Max, porque eu já li sobre sua carreira, e eu percebi que você alcançou altos cargos executivos em empresas de renome. Mas então, seguindo a contra-mão das decisões mais típicas de alguém que chega onde chegou, você abandonou o mundo corporativo. A partir daí, nesse cenário, eu tenho duas perguntas pra te fazer. Por que você tomou essa decisão? E a pergunta número dois: por que você não tentou empreender? Estou falando no sentido mais clássico da palavra, que é montar o seu próprio negócio e buscar o seu lugar no mercado. Um abraço a todos."
Olá, Fábio. Começando por sua segunda pergunta: eu me tornei um empreendedor. Abri uma empresa de prestação de serviços de textos, áudios, conferências e o que mais me pedirem para fazer.
Agora, a sua primeira pergunta, a de eu ter apeado da categoria dos empregados quando isso parecia ainda prematuro. Ao chegar ao cargo de presidente, algo que sinceramente jamais constou em meus planos de carreira, não demorou muito para que eu entendesse que dali em diante, as coisas aconteceriam na base do "mais do mesmo".
Desde bem jovem, eu gostava de escrever. Mas não pude seguir esse caminho porque, como no caso da maioria dos jovens brasileiros, eu precisava começar a trabalhar para poder ajudar nas despesas domésticas. Quando eu senti que podia arriscar, arrisquei. E todos os meus amigos me disseram que eu tinha perdido o juízo. O tempo me mostrou que essa foi a decisão mais acertada que tomei na vida. Mas confesso que a transição não deixou de me preocupar no primeiro ano.
De qualquer forma, compartilho com você uma filosofia que norteou a minha carreira, não só nessa mudança mais radical, como também nas quatro mudanças de emprego que fiz, e que não foram bem digeridas por meus empregadores quando eu pedi a conta. A filosofia é esta: é melhor que alguém nos pergunte por que mudamos, em vez de esperarmos que alguém, um dia, nos pergunte por que ainda não mudamos.
É isso, Fábio. Um abraço para você e para todos os ouvintes. Muito obrigado por sua atenção durante todos esses anos e espero continuar a merecê-la enquanto eu tiver cabeça e voz para continuar.
Max Gehringer, para CBN.
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