Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Tive uma ideia que pode gerar muito dinheiro, mas gostaria de usufruir de parte dos lucros'
Escreve um ouvinte: "Trabalho no setor de pesquisa e desenvolvimento de uma grande empresa. E tive uma ideia de um produto que poderá gerar muito dinheiro caso minha empresa decida comercializá-lo. Penso em duas opções. Ou apresentar o produto e solicitar um reconhecimento financeiro, ou pedir que a empresa me demita e me contrate como PJ, para que eu possa finalizar o projeto e usufruir parte dos lucros que o produto deverá gerar. Descarto a hipótese de pedir a conta, abrir uma empresa e buscar financiadores, porque não tenho vocação para empreendedor."
Vamos lá. A resposta é simples, embora não seja o que você talvez gostasse de ouvir. Legalmente, tudo o que um empregado desenvolve no exercício de sua função pertence à empresa, desde que a ideia tenha relação direta com as atividades da empresa. Ou seja, o seu salário já inclui a sugestão de inovações.
Se a sua empresa lançar o produto e faturar zilhões, ela poderá recompensá-lo com um bônus, mas por iniciativa dela, e não por uma obrigação legal. Por outro lado, suponha que você apresente a sua ideia a um concorrente. E ele decida comprá-la. Nesse caso, a sua empresa atual poderá mover um processo contra você, mesmo que você alegue que desenvolveu o produto em suas horas de folga e fora da empresa.
O lado bom é que, se o produto for lançado e for um sucesso, o seu currículo ficará estrelado. E o seu valor de mercado aumentará muito. E aí, caso a sua empresa atual não o recompense devidamente, você não terá dificuldade para mudar para uma que lhe pague o que você vale.
Max Gehringer, para CBN.
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