Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/08/2015, com uma ouvinte que despreza o mundo corporativo.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Não pretendo fazer parte desse mundo corporativo'
Uma ouvinte escreve: "Não sei se você poderá me dizer alguma coisa útil, mas eu não pretendo fazer parte desse mundo corporativo que eu considero desonesto e desleal. Tenho a intenção de fazer algo na vida que me dê satisfação, uma instituição sem fins lucrativos que possa ajudar a quem, como eu, não vê em um currículo um atestado de sucesso."
Muito bem. Não há como discordar de suas boas e nobres intenções. Mas permita-me dizer-lhe algo sobre empresas em um sistema democrático. Se você tiver um celular, e acho que tem, ou um computador ou uma televisão ou acesso à internet, você está pagando pelo serviço de profissionais que trabalham nas empresas que você não admira.
E não é só isso. Se você acender uma lâmpada ou abrir uma torneira ou dar descarga em seu banheiro, uma estrutura inteira com funcionários especializados estará por trás de tudo isso.
Logo, é ótimo que existam pessoas no mundo que pensem como você. Mas se todas as pessoas do mundo pensassem como você e deixassem de consumir ou utilizar produtos e serviços providos por empresas, a civilização voltaria à idade da pedra em duas gerações.
O que posso lhe dizer de útil é que instituições sem fins lucrativos não vivem de brisa. Elas dependem de doações, talvez de assalariados ou de repasses governamentais cujos recursos provêm de impostos pagos por assalariados ou decorrentes do trabalho deles. Portanto, só lhe sugiro não desprezar a quem lhe irá estender a mão para que seu sonho se realize.
Max Gehringer, para CBN.
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