Ontem fui ao cinema e assisti, entre outros filmes, Pandorum. Fui sem grandes expectativas, já tinha visto o trailer e achava que não seria grande coisa. Agora, fica a lição: trailers podem enganar, tanto para melhor quanto para pior. No caso de Pandorum, o trailer não faz jus ao filme.
A história de Pandorum se passa num futuro em que a população do planeta basicamente explodiu de tamanho, gerando guerras e conflitos por suprimentos. Neste futuro, é descoberto um planeta distante que tem as mesmas características que a Terra, e é enviada uma enorme espaçonave com 60 mil pessoas, para colonização do planeta, chamado Tanis. Toda a trama se passa dentro desta nave.
Acordados de seus sonos criogênicos, dois oficiais da nave despertam num ambiente escuro e vazio. Onde estão os oficiais que deveriam tê-los acordados, para o rodízio de controle da missão? E mais importante ainda, o que teria acontecido com a energia e o controle da nave? Enquanto o cabo Bower (Ben Foster) se esgueira nas entranhas da nave, o tenente Payton (Dennis Quaid) o guia de uma pequena sala de controle. Entretanto, o que Bower encontra são mais mistérios, alguns bem mortais: cadáveres da tripulação, uma espécie de criatura predadora e muito faminta e outros sobreviventes humanos.
A perseguição por entre corredores escuros e apertados, a aflição do personagem e a tensão que o filme provoca, são de tirar o fôlego. Não é à toa que esta parte do filme é muito parecida com o do filme Alien original de Ridley Scott (e com uma leve pitada da continuação, Aliens, de James Cameron). Fazia muito tempo que um filme não me prendia tanto a atenção, pelo suspense e tensão. É de fazer você colar na poltrona do cinema.
A segunda metade do filme é deixada para as explicações e resolução dos enigmas, que são muitos. Achei o roteiro fantástico, pois apesar das várias subtramas, ele as resolve de maneira bem costurada, sendo que todas elas são importantes e resultam no que vemos no clímax do filme. Não dá pra detalhá-las sem soltar spoilers e estragar a graça do filme, mas basta dizer que cada detalhe mostrado tem o seu porquê.
Pandorum, é uma excelente ficção científica, que também pode ser classificado como suspense, ou mesmo terror. E isso já diz muito sobre o filme, que se apoia mais no ótimo roteiro e nos seus bons atores e atuações, do que em efeitos especiais, que existem sim, mas que são usados apenas quando a história requer.
Pandorum é um filme excelente, mas que não deve ficar marcado na história por apenas um motivo: ele não inova. Claro que ele executa tudo o que se propõe de maneira magnífica, mas desde as referências a Alien (claras) ou mesmo a Mad Max (nem tanto), Pandorum não exibe aquele diferencial único, que é o que acaba importando para entrar na história. Entretanto, não é por isso que você não deve assistir o filme, pelo contrário.
Hoje em dia, em que a maioria dos filmes de ficção científica toma como base mais os efeitos especiais do que uma boa história (e um bom jeito de contá-la), Pandorum se diferencia por ser uma ótima história, contada de maneira excelente. Se eu desse notas pra filmes, levaria um 10 com louvor.
Trailer:
Para saber mais: uma crítica não tão empolgada no Omelete.
6 comentários:
realmente, Pandorum é muito bom; também assisti sem muita expectativa, antes do filme li apenas a crítica do omelete, que também não faz juz ao filme...
=)
Então que eu tenho medo desses filmes, por isso não assisto.
Muito medo mesmo, do tipo sonho que tem aliens saindo da minha barriga e tals.
Sou facilmente impressionável, perceba!
Falando em aliens saindo da barriga, já viu esse vídeo aqui?
http://muitoporreiro.blogspot.com/2010/03/alien-e-real.html
A barriga da mulher grávida parece que vai explodir a qualquer hora.
Ah lamentavel hein? Esse filme é meia boca até a metade, quando descamba pra um "acabou o dinheiro, vamos fazer o que dá". O que é aquele japones ninja meeeeldes? que morre decapitado pra um monstro do pantano criança! pq ficou com dózinha! E que final walterworld!!!
Andarilho seu fanfarrão!
Vindo de uma pessoa de gosto duvidoso como vc, eu nem ligo, hauhauhauahu.
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