Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Para tirar dúvidas sobre uma empresa, melhor perguntar a quem trabalha nela
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Uma queixa muito bem fundamentada de um ouvinte. Ele escreve: "Entrei no site de uma grande empresa daqui da minha região. E enviei para a área de recursos humanos um email, perguntando quais seriam os pré-requisitos para um candidato a uma vaga em minha área de formação. Fiz isso com o objetivo de me preparar adequadamente para um momento em que houvesse uma vaga disponível, e eu me candidatasse a ela. Porque trabalhar nessa empresa sempre foi o meu grande objetivo.
Não recebi nenhuma resposta. Mandei mais alguns emails, e nada. Tentei telefonar, mas ninguém me deu atenção. Só me disseram para me cadastrar no site, o que eu já havia feito. Será que estou querendo demais ou a empresa está se preocupando de menos?"
Você está muito certo. Mas vamos entender o outro lado.
De modo geral, empresas funcionam através de processos. Isso significa que o coletivo prevalece sobre o individual. Por exemplo, os programas de assistência médica ou de seguro de vida em grupo, dividem os empregados em três ou quatro faixas, apenas, conforme o nível hierárquico. As instruções valem para todos os que se enquadram em cada faixa, sem exceções.
Isso reduz enormemente o tempo e a quantidade de pessoas envolvidos na gestão de cada processo. Se a empresa fosse discutir com cada empregado, um tipo de programa específico e diferente, o setor de recursos humanos precisaria ter um funcionário para cada empregado.
A mesma coisa ocorre com as vagas que são abertas. Para poder responder a questionamentos como o seu, a empresa precisaria montar um setor de respostas individuais, algo que nenhuma empresa faz porque não precisa fazer. Ou, em palavras mais amenas, não faz porque o processo está funcionando satisfatoriamente. Dentre os que se cadastram no site, sempre haverá uma parcela que poderá oferecer tudo aquilo que a empresa está procurando e mais um pouco.
Essa explicação que eu dei, não é dada pelas empresas. Porque, eu concordo, tudo isso soa meio arrogante, meio distante, ou excessivamente homogeneizado, como se candidato fosse suco.
Mas você pode obter as informações que procura, e que são importantes para os candidatos, com pessoas que trabalham na empresa. Elas são uma fonte de referência informal, porém extremamente válida. E em muitos casos, são até mais confiáveis do que as receitas de suco de candidato.
Max Gehringer, para CBN.
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