2013-04-30

'Com que idade percebemos que a carreira não está no ritmo certo?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/04/2013, sobre avaliação de carreira, numa reedição do comentário anterior 'Quando percebemos que a carreira não está no ritmo certo?'.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Com que idade percebemos que a carreira não está no ritmo certo?'

tempo de carreira

Um ouvinte escreve: "Tenho uma dúvida que me acompanha há algum tempo. Com que idade a gente percebe que a carreira não está no ritmo certo? Tenho 31 anos e ainda não cheguei a uma posição de liderança. Mas, como todo brasileiro, fico repetindo para mim mesmo que ainda dá tempo, que tenho condições de conseguir e que é só uma questão da oportunidade aparecer e assim por diante."

Muito bem. Vou tentar resumir para caber em dois minutos. Alguns profissionais começam a carreira com algumas vantagens. Por exemplo, um curso superior numa escola de renome, que normalmente garante um bom estágio. Ou contatos familiares que possam assegurar uma colocação inicial numa empresa de porte.

Porém, nem sempre quem sai na frente tem fôlego para sustentar a dianteira. Porque, para começar dependeu de fatores externos e para prosseguir irá depender apenas de si mesmo.

Há ainda um terceiro fator: o da aposta. Eu vi profissionais, e não foram poucos, chegarem a posições gerenciais antes dos 25 anos e aí, estacionarem. Na maioria dos casos, promoções desse tipo acontecem porque a empresa decide testar o profissional, para ver se ele conseguirá mostrar, como chefe, o mesmo desempenho que ele mostrava como subordinado.

Com base em minha experiência, eu diria que 30 anos é a idade para o profissional avaliar, com razoável dose de precisão, se ficou para trás em relação não às suas ambições, mas em relação a colegas da mesma idade com formação e experiência semelhantes.

O nosso ouvinte, nesse caso, teria passado um pouco do ponto de otimismo. Não é motivo para achar que nada mais vai acontecer. Mas já é o momento para deixar de acreditar que o tempo ou o acaso irão proporcionar um salto repentino na carreira.

Max Gehringer, para CBN.

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