Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/04/2013, com um ouvinte que não consegue passar do primeiro passo em processos seletivos feitos pelo pessoal de recursos humanos.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Não estou sendo avaliado corretamente nas entrevistas'
Um ouvinte escreve: "Tenho 24 anos e sou formado em Ciência da Computação. Sem falsa modéstia, considero-me um excelente programador. Porém tenho tido um problema em entrevistas: nas últimas duas que fiz, foi atendido por menininhas de RH, que não têm qualquer noção da complexidade do trabalho que eu executo. E, portanto, não possuem qualificação para julgar a minha competência. Só que elas têm o poder, não entendo bem porquê, para me eliminar sumariamente de um processo. Isso impede que eu converse com o responsável por sistemas, que é quem realmente poderia avaliar a minha capacitação técnica. Gostaria que você transmitisse esse recado para as empresas."
Muito bem, recado transmitido. Mas permita-me um esclarecimento. A função das meninas e meninos de RH não é a de tentar entender se a pessoa é um bom profissional. É a de tentar descobrir se o profissional é uma boa pessoa. No sentido de que o bom profissional será também um bom colega, alguém que irá colaborar para manter um ótimo ambiente de trabalho.
Não estou insinuando que você não seja uma boa pessoa. Certamente você é. Mas, muito provavelmente, você está deixando transparecer nas entrevistas um certo menosprezo pela importância dessa pré-avaliação feita por Recursos Humanos, como se aquela meia hora fosse apenas um pedágio que você é obrigado a pagar para depois poder ir conversar com quem realmente decide.
Mas o fato é que, em qualquer processo seletivo, sempre aparecem ótimos profissionais. E a triagem inicial separa aqueles 10 ou 20% que irão se encaixar melhor na cultura da empresa. Portanto, eu sugiro que você faça um esforço e capriche nas próximas entrevistas. Nesse primeiro passo, o que conta não é a sua opinião sobre RH. É a opinião de RH sobre você.
Max Gehringer, para CBN.
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