Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Funciona mentir no currículo?'

Uma ouvinte pergunta se mentir no currículo funciona, porque alguns amigos dela mentem e são chamados para entrevistas. E ela, que tem um currículo pouco expressivo, porém honesto, raramente é chamada.
Vamos lá. Há 5 anos, numa pesquisa feita nos Estados Unidos, descobriu-se que metade dos currículos continha alguma inverdade e que os homens mentiam mais do que as mulheres. Como não conheço pesquisas desse tipo no Brasil, consultei uma grande agência de recrutamento.
Para começar, a responsável me disse que os entrevistadores sempre começam com um pé atrás quando o currículo parece bom demais. E aí vão fazendo perguntas cada vez mais específicas, até que o candidato finalmente dispare um "Veja bem", e confesse que, de fato, exagerou um pouquinho.
A meu pedido, a agência listou as mentiras mais comuns em currículos. São seis:
1ª: Transformar seminários de fim de semana em cursos de aperfeiçoamento profissional.
2ª: Transformar viagens de turismo em experiência internacional.
3ª: Mencionar fluência em idiomas, quando o conhecimento é apenas elementar.
4ª: Transformar a participação num grupo de trabalho em 'liderança na implantação de um projeto'.
5ª: Mencionar valores exagerados, de economia ou de investimento, na empresa anterior.
6ª: Colocar um cargo ou função que o candidato diz ter exercido na prática, mas que não consta na carteira profissional.
Praticamente todas essas inverdades são facilmente descobertas em entrevistas. E obviamente, o candidato é eliminado do processo. Portanto, a nossa ouvinte pode ficar sossegada quanto ao aspecto ético. Embora possam gerar mais entrevistas, mentiras não geram mais empregos.
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