2013-10-30

'Estou há seis meses numa grande empresa e ainda não recebi nenhum retorno sobre meu desempenho' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/10/2013, com a comparação entre o começo da carreira e o começo de um regime.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Estou há seis meses numa grande empresa e ainda não recebi nenhum retorno sobre meu desempenho'

trabalhador comendo dinheiro

Escreve um ouvinte: "Eu me formei em uma boa universidade e ingressei em uma empresa de porte faz seis meses. Nesse período cumpri todas as metas que me foram passadas e ofereci sugestões de melhorias em meu departamento. Até agora, porém, não recebi um único sinal de que estou no caminho certo para uma promoção. Pergunto se estou sendo ansioso ou se a empresa está sendo lenta?"

Vamos lá. Começar uma carreira é como começar um regime para perder peso. No começo a dedicação é total: a pessoa altera a alimentação, passa a tomar litros e litros de água, acorda mais cedo para caminhar e, claro, compra uma balança.

Quem já fez um regime assim sabe que nos primeiros quinze dias, o peso não muda. Dá até raiva da balança: tanto sacrifício e o mostrador dela permanece teimosamente insensível. E de repente os resultados começam a aparecer. E daí em diante, se tornam consistentes.

Uma carreira segue o mesmo ritmo. Com a diferença de que é medida em anos, enquanto o regime é medido em meses.

Então, aos seis meses de carreira, você chegou aos quinze dias do regime. E nada aconteceu. Muita gente abandona o regime nessa hora, ou parte para uma dieta mais radical, com resultados imprevisíveis.

Da mesma forma, muita gente acha que mudar de emprego com seis meses de casa é solução para encorpar a carreira. Não é. Um regime saudável dá bons resultados e se estabiliza em três meses. Uma carreira saudável, em três anos.

Você começou bem. Continue nesse ritmo. Culpar a empresa nesse momento é como culpar a balança.

Max Gehringer, para CBN.


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