Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 17/07/2015, com um ouvinte que vive viajando a trabalho e está ficando cansado disso.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Existe algum limite de viagens que um trabalhador pode fazer pela empresa?
Um ouvinte escreve: "No processo de seleção para o emprego que tenho, preenchi um cadastro onde havia um quadrinho que dizia 'disponibilidade para viagens'. Marquei que estaria disponível. Fui contratado e a frase constou em meu contrato de trabalho, sem especificar quanto tempo eu precisaria viajar e nem para onde. Esse é o meu problema hoje. Eu viajo praticamente todo o tempo, de uma filial da empresa para outra. Essa situação não me permite mais estudar e a minha vida social ficou restrita a mensagens em redes sociais. Pergunto se existe algum limite que possa ser discutido com os meus superiores?"
Bom, uma situação próxima à sua é a dos aeroviários. Comandantes e comissários de voo estão em permanente deslocamento. A diferença é que os aeroviários trabalham enquanto estão se deslocando, e você não.
Como você concordou com as viagens antes de ser contratado, a sua opção seria a de procurar entender, com os seus superiores, qual é o seu futuro na empresa. Se não existir a possibilidade de uma transferência em médio prazo para um local fixo de trabalho e se a continuidade dos deslocamentos é tudo o que a empresa pode lhe oferecer, certamente a empresa admite que a sua função tem alta rotatividade, porque um ritmo de trabalho como o seu não pode ser mantido indefinidamente.
Uma experiência como a que você está tendo vai lhe ser muito valiosa profissionalmente. Mas você precisa decidir a hora de partir para um emprego mais dentro da normalidade. E pelo que você escreveu, essa hora ou está chegando ou já chegou.
Max Gehringer, para CBN.
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