2008-04-05

Crônicas do busão 3 - Eu não sou tarado não

Para quem está depressivo, se sentindo sozinho, querendo sentir calor humano, sugiro que pegue um ônibus aqui em Florianópolis, na hora do rush. O que mais tem é calor humano, você vai se sentí-lo na pele, literalmente.

Bem, sexta-feira de tarde, resolvi tirar uma folguinha do serviço, já que de manhã eu havia ido ao médico e convenhamos, se eu tivesse ido trabalhar na sexta a tarde, não renderia nada mesmo. Fui então dar uma volta no centro da cidade, resolver algumas pendências bancárias, zoar por aí, etc...

Como não estava muito bem (vide minha ida ao médico de manhã), logo resolvi ir embora. Eram umas cinco e pouco da tarde, e eu estava lá no Shopping Beiramar. Pra chegar em casa, eu precisava pegar um ônibus (até daria pra eu ir andando pra casa, mas levaria quase umas duas horas). Então, toca pro ponto do busão. Chegando ao ponto, já dava pra ver o que me esperava: uma multidão amontoada na calçada, alguns sentados no banquinho, outros em pé embaixo da "casinha" do ponto, e outros espalhados.


Logo veio um ônibus, mas que não era o meu. Nesta hora, quase toda a muvuca que estava no ponto entrou nele, e eu interiormente fiquei mais aliviado, pensando que talvez não entrasse tanta gente no ônibus que eu iria pegar, talvez até houvessem assentos livres... Ledo engano. Em menos de 5 minutos, o ponto de ônibus encheu de novo. Uma nova muvuca. Parecia que tinha gente se teleportando pra lá, visto a rapidez com que encheu de gente. Claro que não estavam se teleportando, por que alguém iria se teleportar pra pegar um ônibus? Mas que pareciam estar se levantando da terra como zumbis, isso parecia.

Finalmente chegou o busão. E pra variar, toda aquela multidão entrou no mesmo ônibus.

Lá dentro, todos os assentos ocupados, e no corredor, muita gente de pé. Passei a catraca, e me posicionei em um lugarzinho em pé, disponível. Fiquei com as duas mãos segurando a barra de cima, com o rosto em direção da janela. Atrás de mim, uma gatinha (menos mal), e na minha frente, sentada, outra gatinha. Conforme o ônibus seguia sacolejando, ou a minha bunda se esfregava na bunda da menina atrás, ou a minha perna encostava na menina sentada.

(Hora do rush é isso aí.)

Juro que não estava com más intenções, mas naquela situação, dá pra ver como é que os tarados agem. Simplesmente é impossível ficar sem se esfregar nas pessoas. O que difere é se você vai gostar ou não. Claro que eu não me importo quando são mulheres, mas caso contrário, é muito chato. =P

Pras mulheres, deve ser mais chato ainda. A mulher que estava sentada, as vezes olhava feio pra mim... Mas o que eu poderia fazer, se no apertamento e sacolejamento do busão, eu acabava encostando nela? Pior ainda quando alguém tinha que passar por entre mim e a mulher que estava atrás de mim, pra sair da traseira do ônibus. Aí não tinha jeito, eu quase ficava em cima da mulher sentada mesmo.

Bem, chegando perto da UFSC, o pessoal começou a descer, e eu também desci lá perto, depois das mulheres nas quais eu (inadvertidamente) me esfreguei. Na verdade, naquele apertamento dos infernos, eu nem sei como é que alguém consegue ficar excitado. Tá certo que dessa vez, as mulheres ao meu redor eram bonitas, mas tem muitas vezes que a mulherada do lado é feia pra caramba, verdadeiros dragões. Essas aí, a gente acaba tendo contato meio a contragosto, mas fazer o que, o busão é lotado... E elas, se achando, acham que eu sou um tarado, sei lá, e ficam olhando de cara feia... Como se eu quisesse me esfregar nuns tribufús... Affe, ninguém merece...

Não é de se admirar que aqui em Florianópolis, a taxa de seja de um carro para cada dois habitantes. Simplesmente é fod@ depender de ônibus.

2 comentários:

CintiaYamane disse...

nossa.. 1 carro pra 2 hab??? =O
aki em londrina é 1 pra cada 5, e eu ja acho que tem demais..

nao.. puor é aqueles caras que andam com uma mochila enorme nas costas que ocupa o espaço de uma outa pessoa. e quando ele se mexe, leva vc junto se estiver atras dele.. >_<

makarrao disse...

aiushdfsa é foda!
pior quando vc acaba se esfregando na velha que ta sentada ali do lado. Se for pra ir sentado em um latão cheio ,só se for na janela.
Imagina lá em RJ ou SP, como deve ser, Uh!