Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Fui dispensado três vezes por dificuldade de relacionamento'
"Tenho um problema", escreve um ouvinte. "Fui dispensado de três empregos nos últimos dois anos, pelo mesmo motivo: dificuldade de relacionamento com os colegas. Na primeira demissão, eu tinha certeza de que os colegas eram o problema e não eu. Na segunda, fiquei em dúvida. Na terceira, que aconteceu este mês, me convenci de que o problema sou eu.
Não sei porque, mas quando um colega vem falar comigo, eu reajo como se ele estivesse me incomodando ou tentando me ofender. E aí eu respondo rispidamente, e quando percebo, o mal já está feito. Socialmente, entre amigos, nunca fui uma pessoa de pavio curto. Isso só me acontece no trabalho. Você teria alguma explicação?"
Eu tenho uma teoria. Você se sente pressionado no trabalho. E abre a válvula para liberar a pressão a contato de qualquer colega. Eu suponho que você possua três características típicas de pessoas que reagem como você costuma reagir.
A primeira é um receio, até meio irracional, de cometer erros. A segunda é uma baixa resistência a críticas. E a terceira é uma alta dose de impaciência. Você muito provavelmente demonstra essas duas últimas características também no contato com os amigos, embora em grau menor, já que entre eles você não se sente pressionado.
Você poderia marcar uma consulta com um médico, que o examinaria e o encaminharia ao especialista adequado. Mas se você quiser tentar por conta própria, também é possível. Você já se convenceu de que tem um problema. E a maneira de resolvê-lo é sendo cordial com quem vem conversar com você. Não é algo assim tão difícil de conseguir. Mas faça todo o esforço que tiver de fazer para se ajustar, porque, a cada emprego que você perde, fica mais difícil conseguir outro.
Se você não está seguro que poderá se controlar no próximo emprego, então a solução é a consulta médica enquanto ainda é tempo.
Max Gehringer, para CBN.
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