Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
/===================================================================================
'Preparei o meu substituto e acabei demitido'
"Você poderia me ajudar a entender?", pergunta um ouvinte, "É o seguinte: a direção .da empresa na qual eu trabalhei nos últimos três anos vivia repetindo que precisávamos ter substitutos bem preparados se quiséssemos almejar uma promoção. Pois bem, eu almejava uma e preparei o meu substituto. Ensinei a ele tudo o que sabia. Nâo escondi nada. Faz duas semanas, fui chamado pelo meu gerente e ele comunicou a minha demissão. O motivo alegado foi redução de custos, e aí, eu entendi a situação. O substituto que eu treinei ganhava metade do meu salário. A empresa deu a ele um aumento de 20% e me cortou. Foi uma bela redução de custos, sem dúvida. Mas eu nunca me senti tão enganado em minha vida. Será que eu perdi um bom emprego por ingenuidade? O mercado de trabalho é mentiroso?"
Não. Pelo menos, não generalizadamente. Existem empresas mentirosas, mas também existem empresa sinceras, que cumprem o que prometem. A questão, para o funcionário, é saber em que tipo de empresa ele está trabalhando.
A melhor maneira de entender isso é simplesmente observar o que a empresa faz, além de ouvir o que ela fala. O nosso ouvinte passou três anos ouvindo e observando. Durante esse período, alguém que criou um bom substituto foi dispensado? Se foi, já é um sinal de alerta.
Pode ter acontecido também que a explicação do gerente tenha sido sincera. A empresa, de fato, tinha planos futuros para o nosso ouvinte, mas um mal momento forçou uma decisão indesejada.
De qualquer forma, em caso de dúvida total, vale mais a precaução do que o otimismo. Quem cria um bom substituto pode ser substituído. É por isso que tanto chefe por aí esconde o jogo. Ou eles não acreditam muito no discurso da empresa, ou sabem muito bem em que tipo de empresa estão trabalhando.
Max Gehringer, para CBN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário