2011-09-08

'Promessa ou apenas frase de efeito?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/09/2011, com a dúvida de um ouvinte se o chefe dele lhe prometeu uma promoção ou apenas usou uma frase de efeito para que parasse de reclamar.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Promessa ou apenas frase de efeito?'

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"Tenho uma dúvida que está me remoendo faz um mês", escreve um ouvinte. "Numa conversa que tive com meu gerente, falei para ele que eu estava com sobrecarga de trabalho em relação a meus colegas. Ele me respondeu que eu deveria ver isso como algo positivo, porque, um dia, eu seria chefe de meus colegas. Na hora fiquei contente, mas depois me pus a pensar. Devo entender o que ele falou como uma promessa ou como uma frase de efeito, para que eu continue sobrecarregado sem reclamar?"

Bom, é difícil dizer. Definitivamente não foi uma promessa, mas pode ter sido uma frase sincera, de alguém que reconhece o seu esforço e sinalizou que ele não está sendo em vão. É provável que você esteja se remoendo por receio de que seu gerente esqueça o que ele falou, e por isso você gostaria de ter uma prova mais concreta dessa afirmação passageira.

Se a sua empresa tivesse um processo formal de avaliação de desempenho, a frase falada até poderia se transformar numa frase escrita, do tipo "o funcionário demonstra ter potencial para assumir uma função de liderança em médio prazo". Isso também não seria uma promessa, mas seria uma possibilidade mais sólida.

Eu imagino que esse processo de avaliação não exista em sua empresa. E nesse caso, a frase do gerente fica aberta e aí depende mais do passado dele. Ele costuma fazer esse tipo de afirmação? Ele tem um histórico de cumprir o que falou? Já houve algum caso semelhante ao seu, anteriormente? Se todas as respostas forem "não" ou "não sei", tome a frase como um incentivo, mas não como uma promessa que você poderá cobrar.

A minha sugestão é que daqui a seis meses você volte ao assunto, perguntando ao seu gerente se aquele "um dia" a que ele se referiu, está mais próximo. A resposta que ele lhe der revelará o quanto a frase do mês passado tinha de substância.

Max Gehringer, para CBN.

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