Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 16/09/2011, sobre como é importante ter provas para comprovar o que está escrito no currículo.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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É importante ter provas para comprovar o que está escrito no currículo
"Sou recrutador de uma empresa de grande porte", escreve um ouvinte. "Nos últimos cinco anos tenho notado que vem aumentando o número de candidatos que afirmam ter desempenhado funções diferentes daquelas que constam em suas carteiras profissionais. Em alguns casos, como temos interesse na contratação, eu ligo para a empresa para confirmar a afirmação do candidato. E, como seria de se esperar, nenhuma empresa confessa que não está fazendo as anotações como deveria. A explicação é sempre a de que o candidato ficou pouco tempo na função, como substituto ou sendo apenas testado, sem ter sido efetivado nela.
Só que os candidatos afirmam o contrário. Alguns dizem que passaram anos na função. Muitos candidatos têm perdido boas oportunidades de trabalhar conosco porque não têm documentos para comprovar o que estão afirmando. Você teria uma boa explicação para essa omissão das empresas, já que a anotação do salário efetivamente pago é feita? Ou será que muitos candidatos estão mesmo inventando um currículo?"
Bom, uma explicação que me ocorre é a da economia ilegal. Uma empresa não quer aumentar o salário de um funcionário que está ocupando uma função porque outros funcionários com a mesma função têm salários maiores. Nesse caso, o funcionário poderia mover uma ação trabalhista, pedindo a equiparação.
A segunda explicação é que, de fato, há candidatos que mentem, transformando em efetiva e longa uma passagem temporária de um par de semanas por uma função.
A dica para os ouvintes sinceros que estão nesse tipo de situação é que reúnam provas para apresentar ao entrevistador. Memorandos, e-mails, recibos de viagem. Qualquer coisa que possa comprovar o que está escrito no currículo. Porque, certamente, o nosso ouvinte recrutador foi gentil ao não afirmar que em caso de dúvida, ele sempre desconfia da história que o candidato conta.
Max Gehringer, para CBN.
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