Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Futuro terá uma legião de profissionais frustrados?'
Um ouvinte escreve: "Pelo que entendi ouvindo suas mensagens diárias, todos os ouvintes querem chegar a cargos de chefia. Porém, segundo você mesmo já afirmou em um comentário passado, só uma minoria conseguirá. Deduzo então que o destino do mercado de trabalho é o de criar uma legião de profissionais frustrados por não terem conseguido chegar aonde queriam. Estou errado?"
Sim, está. Os ouvintes que escrevem realmente têm essa pretensão. Mas não são todos os ouvintes que escrevem. Talvez, no máximo, um centésimo de 1% já tenha escrito alguma vez. É um número insignificante dentro do universo total de ouvintes, e muito inferior ao percentual de profissionais que, de fato, um dia, chegarão onde desejam na carreira.
É claro que aqueles que chegarem não chegarão porque me escreveram. Mas ter escrito, tentando obter uma informação ou uma sugestão mostra que eles estão fazendo o básico. Ou seja, buscar opiniões onde for possível, para que eles possam extrair do conjunto, as suas próprias opiniões e tomar as próprias decisões.
Profissionais que sabem fazer perguntas e aproveitam as oportunidades que surgem para dirimir dúvidas, levam uma vantagem sobre os muito calados ou os excessivamente autossuficientes. A vantagem de evitar erros que outros já cometeram por falta de informação.
Como eu também já disse em um comentário passado, uma grande quantidade de pessoas não coloca a carreira profissional como a primeira prioridade de suas vidas. Essas não chegarão a cargos de chefia e nem se frustrarão. E caso estejam ouvindo, elas se sentirão ainda melhor ao saber que se a gente perguntar a dez chefes qual é o significado de ter subordinados, é provável que oito respondam que não é uma recompensa, é um ônus a ser pago na construção de uma carreira.
Max Gehringer, para CBN.
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