Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/09/2011, sobre o mercado de trabalho que não espera ninguém.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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No mercado de trabalho, o tempo não espera ninguém
"Fiquei irritado com um comentário que você fez na semana passada relacionando idade e salário", escreve um ouvinte. "Mas a minha irritação não foi com você, foi comigo mesmo. Eu tenho 32 anos e ganho 1100 reais por mês. Em minha cabeça, era só uma questão de tempo para eu dar um salto salarial expressivo, porque estou numa boa empresa, fiz os cursos que deveria ter feito e meu trabalho é elogiado por meus superiores.
Ao ouvir o seu comentário, a ficha caiu: o que eu pensava que iria acontecer, já devia ter acontecido há uns cinco anos. A minha dúvida deve ser a mesma de muita gente ouviu a sua ponderação. Já percebi que perdi o passo. O que eu faço agora?"
Vamos lá. Quando um profissional se vê diante de uma situação como a sua, na faixa de idade em que você está e com uma irritação positiva, há quatro reações possíveis.
A primeira é a pior: é se convencer de que já chegou bem perto do patamar a que poderia chegar e que os futuros reajustes somente acompanharão a inflação.
A segunda é considerar uma mudança de rumo. Os que pensam em estabilidade tentam concursos públicos e os mais dispostos a correr riscos cogitam abrir um negócio próprio.
A terceira é procurar outro emprego, partindo do princípio que pode estar numa empresa que remunera abaixo do mercado. Vale a tentativa, pelo menos para descobrir se isso é mesmo verdade.
E a quarta é entender quais são as reais possibilidades na empresa atual. Conversar com o chefe e perguntar o que será necessário demonstrar para conseguir uma promoção em curto prazo.
Uma das quatro opções vai funcionar. E o mais recomendável é seguir a ordem inversa. Começar pelo chefe, depois pensar em mudar de emprego, em seguida avaliar a mudança de rumo e por último, bem por último, deixar tudo como está.
O mais importante, porém, é você ter acordado para a realidade de que no mercado de trabalho, o tempo não espera ninguém.
Max Gehringer, para CBN.
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