Sendo curto e grosso: Sem Saída (Abduction, no original) é um filme de ação mediano, daqueles que viram filmes da sessão da tarde e você não se importa muito se está passando ou não. Tem algumas cenas de ação bem coreografadas, mas nada espetacular. Do ponto de vista do roteiro, é fraco e previsível.
Dirigido por John Singleton, Sem Saída conta com um elenco estrelar (Alfred Molina, Sigourney Weaver, Maria Belo e Jason Isaacs devem estar precisando de uma graninha pro aluguel), apesar de serem todos papéis secundários, quase pontas. O protagonista do filme é Nathan (Taylor Lautner, mais conhecido como o lobinho sem camisa), um adolescente destemido (e meio idiota, como todo adolescente), que não consegue convidar a vizinha e amor adolescente Karen (Lily Collins) para sair. Um dia Nathan descobre que seus pais não são realmente seus pais, e de quebra, se vê envolvido numa trama que mistura espiões, assassinos, CIA e muitos tiros.
Sem Saída não chega a ser ruim, mas é bem insosso. Tirando talvez as fãs do ator principal (sim, ele aparece sem camisa gratuitamente no filme, como na cena em que acorda de uma festa), não creio que o filme agrade o público em geral (pelo menos, não o público que paga o ingresso).
Talvez o único diferencial de Sem Saída seja o começo do filme. Tentando dar alguma tridimensionalidade ao personagem Nathan, o diretor Singleton gasta um bom tempo tentando construir o personagem. Infelizmente, a atuação fraca de Lautner não é o suficiente para isso. Ou seja, é um tempo perdido.
Na sessão em que eu assisti o filme, um velho mala sentou na fileira atrás da minha, acompanhado dos netos. Ao saber que o filme se chamava Sem Saída, ele fez a piadinha infame de "se é sem saída, por onde vamos sair?" É uma pergunta pertinente, cuja resposta seria "melhor nem entrar".
Trailer:
Para saber mais: crítica no Omelete.
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