Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/06/2012, sobre como lidar o spam e a questão do monitoramento de e-mails pela empresa.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Tomei uma advertência por mensagens de e-mail que não tenho como evitar'
Uma ouvinte escreve: "Minha empresa comunicou a todos os funcionários que o correio eletrônico passaria a ser monitorado. Eu levei a comunicação a sério e mandei mensagens para meus amigos pedindo que eles usassem meu e-mail pessoal para se comunicar comigo, e não mais o da empresa. Mas não adiantou. Na semana passada, eu e mais quatro colegas recebemos advertências escritas porque nossas caixas de correio da empresa recebiam muitas mensagens que nada tinham a ver com trabalho.
Eu expliquei que eram propagandas de empresas que eu nem conhecia ou essas correntes enviadas não sei por quem, nem para quem. Mesmo deixando claro que eu apagava as mensagens imediatamente, a advertência foi mantida. O problema é que não vou conseguir evitar que essas mensagens continuem chegando. Além de não concordar com o monitoramento, será que corro o risco de ser dispensada por algo que não fiz?"
Vamos começar pela sua discordância. Se o seu chefe abrir a sua bolsa durante o expediente, para xeretar o que há dentro dela, isso é invasão de privacidade. A bolsa pertence a você. Já um endereço de e-mail, com o nome da empresa, pertence a ela, e é cedido ao funcionário para fins profissionais enquanto ele estiver empregado. Essa não é uma opinião minha, é uma sentença de tribunal.
Uma sugestão para nossos ouvintes é entrar no Google e digitar o e-mail que utilizam na empresa. Se o e-mail aparecer em algum site, ele pode ser capturado por ferramentas que varrem a internet, garimpando e-mails para depois enviar mensagens comerciais ou aplicar golpes. Basta que a nossa ouvinte e seus colegas peçam para a empresa mudar o e-mail deles e o lixo parará de chegar. O próprio chefe de nossa ouvinte poderia ter sugerido essa medida elementar, mas ele deveria estar muito ocupado escrevendo advertências.
Max Gehringer, para CBN.
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