Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 03/07/2012, sobre o que fazer quando um bom amigo pede para colocá-lo como referência no currículo dele, mas você não tem muito o que dizer sobre ele, no campo profissional.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Amigo quer me colocar como referência, mas não tenho nada de bom para falar sobre ele'
Uma dúvida pertinente de um ouvinte. Ele escreve: "Um amigo de longa data quer me colocar como referência no currículo dele. Como tenho um bom cargo em uma boa empresa, imagino que o meu nome realmente possa atrair a atenção de alguns potenciais contratantes. O problema é que eu prezo muito esse meu amigo, mas não teria boas referências a dar sobre ele, no campo profissional. Pergunto como posso escapar dessa sinuca?"
Bom, primeiro, não perca o amigo. Diga que você concorda em figurar no currículo dele. E agora, a parte das referências. Caso haja algum contato, você deve tentar entender a função para a qual o seu amigo está sendo cogitado e adequar as suas respostas a essa função específica, e não a tudo o que você pensa sobre ele como profissional.
Eu imagino que esse seu amigo não seja um zero a esquerda. Ele deve ter algumas habilidades e alguns defeitos, como todos nós. Como você não sabe quem são os demais concorrentes à vaga, o que você talvez veja como um grande defeito, pode ser algo passável para o contratante.
Então, ressalte as virtudes do seu amigo, mas não esconda um ou dois pontos fracos, desde que não sejam coisas do tipo "ele é preguiçoso", que fatalmente o eliminariam do processo. Uma pergunta que lhe será feita é se você contrataria esse seu amigo. Responda que sim, mas que sua empresa não está contratando ninguém no momento.
E não se preocupe demais, porque essas conversas com os selecionadores nunca são repassadas ao candidato, que só receberá, se receber, uma comunicação dizendo que não foi o escolhido para a vaga.
E finalmente, eu concordo com a sua dúvida, mas eu não a chamaria de sinuca. Os melhores amigos podem não ser necessariamente os melhores empregados, mas nem por isso deixam de merecer, quando possível, um empurrãozinho para conseguir um emprego.
Max Gehringer, para CBN.
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