Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/07/2012, com um ouvinte que não quis se candidatar a uma promoção e agora está em dúvida se fez a coisa certa.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Errei feio em não tentar uma vaga oferecida pelo meu gerente?'
Um ouvinte conta: "Surgiu em minha empresa uma vaga de coordenador. Meu gerente sugeriu que eu me candidatasse, porque eu teria grandes condições de ser o escolhido. Na hora me empolguei um pouco, mas depois, pensando melhor, decidi não me candidatar. Meu gerente não entendeu e eu não consegui explicar. Mas a verdade é que estou satisfeito fazendo o que faço, nunca fui chefe de ninguém e nem nunca pensei em ser. Será que errei feio em não tentar?"
Vamos por partes. Ao assumir a primeira chefia, um funcionário ingressa em um mundo completamente diferente daquele a que ele estava acostumado. Além do aspecto técnico do trabalho, que ele maneja bem, vem a parte de orientar, cobrar, pressionar, decidir, dar ordens e eventualmente punir. Transformando tudo isso em números, eu diria que são 20% a mais de salário e 200% a mais em preocupações.
É claro que as empresas precisam de chefes e que existem pessoas ambiciosas em quantidade suficiente para preencher todas as chefias. Também é claro que existem funcionários que lutam com unhas e dentes para serem promovidos e não são. O que não é tão claro é que existam pessoas, e não são poucas, que não dão importância a um título e que se sentem confortáveis, mas não acomodadas, em continuar fazendo o que fazem. Isso acontece porque tudo o que é publicado sobre o mercado de trabalho leva à conclusão de que a única direção possível é para cima. Eu não me lembro de ter lido um só artigo com elogios a quem recusou uma promoção.
E então, agora respondendo a sua pergunta. Se você desistiu de concorrer à vaga apenas por falta de confiança em si mesmo, foi a decisão errada. Se desistiu por convicção e não está nem um pouco arrependido, foi a decisão correta.
Max Gehringer, para CBN.
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