Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/07/2012, com um ouvinte que detesta o seu trabalho, mas não vê que, para construir uma carreira, executar bem as tarefas corriqueiras do início são um passo essencial.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Detesto o meu trabalho, mas não posso sair porque preciso do salário'
Um jovem ouvinte reclama: "Detesto o meu trabalho. Ele é pura rotina e qualquer pessoa que saiba ler e digitar poderia executá-lo sem problemas. Não foi para isso que estudei tanto na vida. Já comuniquei a meu chefe que gostaria de ter mais desafios, mas ele não parece muito interessado em me dar um trabalho diferente. O problema é que não posso pedir a conta porque preciso do salário e não consegui até agora encontrar outro emprego. O que eu posso fazer para não detestar ainda mais o que já é mais do que detestável?"
Bom, vamos começar pela parte que você não vai gostar. O que mantém qualquer empresa funcionando com eficiência é a rotina. Ou, para quem prefere uma palavra mais aceitável, são os processos. Toda empresa tem centenas ou milhares deles, perfeitamente definidos e pouco sujeitos a alterações frequentes.
Um processo é um encadeamento de atividades. E embora cada uma delas possa parecer sem importância, a soma de todas é vital para que a empresa não tenha surpresas ruins.
Se compararmos uma empresa ao corpo humano, é claro que todo mundo gostaria de ser o cérebro ou o coração. Mas existem milhões de outras atividades ocorrendo simultaneamente e a interrupção de qualquer uma delas pode resultar num colapso geral.
Entender essa cadeia de acontecimentos é essencial para a construção de uma carreira, porque as oportunidades aparecem antes para aqueles que conseguem se destacar em tarefas corriqueiras.
Por isso, detestar um trabalho e executá-lo como se fosse um sacrifício ou um castigo, não vai resolver o seu problema. Pelo contrário, pode piorar a situação.
A minha sugestão é que você tente encarar o seu trabalho atual não como imobilidade, mas como um passo que precisa ser dado e que você está dando.
Max Gehringer, para CBN.
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