Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 17/07/2012, com um ouvinte que quer se tornar consultor.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Queria deixar uma empresa privada para me tornar um consultor independente'
Um ouvinte escreve: "Tenho 43 anos e trabalho há mais de 20 anos em empresas privadas. Há algum tempo venho pensando na possibilidade de me desligar de minha empresa atual e me tornar um consultor independente. Gostaria de ouvir a sua opinião sobre essa mudança, que às vezes me empolga muito e outras vezes me assusta um pouco."
Vamos lá. Existem milhões de pequenas e médias empresas em fase de crescimento no Brasil. Em algum momento, praticamente todas elas irão precisar do serviço de uma consultoria em alguma área específica. Parte dessas empresas acaba tendo problemas exatamente porque seus donos não percebem que uma consultoria de curto prazo não é uma despesa, é um investimento que pode garantir o futuro do negócio.
Pelo lado positivo, a quantidade de consultores que existe hoje no mercado é muito maior do que era há 20 anos e imensamente maior do que era há 40 anos. Mas ainda existe espaço para quem tem conhecimento e não se assusta com a possibilidade de trocar um emprego com salário fixo por uma atividade de rendimento variável.
Esse é provavelmente o ponto que está deixando o nosso ouvinte em dúvida. Consultor é uma atividade de risco. O ideal seria que o nosso ouvinte já começasse com um par de clientes, sendo um deles a própria empresa em que ele está trabalhando, após se desligar dela. Isso evitaria o que mais incomoda um novo consultor: aquele tempo meio perdido em que ele procura clientes e não encontra, enquanto as despesas domésticas continuam consumindo a sua poupança.
Mas em resumo, eu diria que o nosso ouvinte está no caminho certo, no momento certo e na idade certa. Pensando nos próximos 30 anos, ser consultor permitirá que ele tenha um tempo de vida útil profissional mais longo e bem mais emocionante do que teria como empregado.
Max Gehringer, para CBN.
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