Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/09/2014, com um ouvinte que trabalha numa multinacional e foi convidado a trabalhar na matriz nos Estados Unidos.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Fui convidado a trabalhar na matriz da minha empresa nos EUA e não sei se aceito'
Um ouvinte escreve: "Trabalho em uma multinacional e recebi um convite para ir trabalhar na matriz da empresa nos Estados Unidos. Entendo que essa seria uma grande oportunidade em termos de carreira, mas duas coisas me preocupam. A primeira é em relação à família. Minha esposa teria que pedir a conta no emprego que tem no Brasil, sem muitas possibilidades de conseguir uma vaga semelhante nos Estados Unidos, muito embora ela também esteja recebendo visto de trabalho por lá. E a segunda é que o salário que me foi oferecido é praticamente igual ao que estou ganhando no Brasil. Se eu aceitar, a renda familiar sofrerá um declínio. Mesmo assim, você considera que eu deveria pagar para ver?"
Sem dúvida. No caso da sua esposa, talvez ela não encontre um trabalho igual ao que tem no Brasil, mas certamente encontrará algo satisfatório.
Já no seu caso, um salário em dólares equivalentes ao que você ganha em reais pode lhe parecer uma troca de seis por meia dúzia, mas não é. Os itens que irão compor o seu orçamento doméstico, em sua maioria, custarão menos por lá do que custam no Brasil. Automóvel, eletrônicos, alimentação, roupas... Tem bem pouca coisa que aqui sai mais em conta. Além disso, lá você aluga móveis e eletrodomésticos, o dito leasing. Sua empresa sabe fazer contas. E não iria lhe fazer uma proposta que o deixaria insatisfeito.
O mais importante, porém, é que a sua carreira dará um salto com essa experiência. Mesmo um empate financeiro já seria um bom negócio. Mas pode estar certo de que você sairá no lucro em todos os sentidos, exceto no quesito saudade.
Max Gehringer, para CBN.
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