2018-10-30

É ético oferecer para empresas menores o mesmo serviço que faço na minha empresa sem avisá-la? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/10/2018, com um ouvinte que quer abrir um negócio próprio, para prestar nos seus horários de folga, o mesmo serviço que ele faz na empresa em que trabalha.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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É ético oferecer para empresas menores o mesmo serviço que faço na minha empresa sem avisá-la?

consultoria para pequenas empresas

Escreve um ouvinte: "Trabalho no setor de tecnologia de uma grande empresa. Faço o tipo de serviço que seria útil para empresas menores, que só não o implantam porque não podem pagar especialistas em tempo integral.

Estou pensando em abrir um negócio próprio de prestação de serviços, que eu conduziria de minha residência, no período noturno e nos finais de semana. Pergunto se seria eticamente correto fazer isso, sem avisar a minha empresa atual?"


Bem, para que fosse eticamente correto, você teria que tomar alguns cuidados: não prestar esse serviço adicional a empresas concorrentes da sua, não utilizar equipamentos da empresa atual, não atender a ligações para consultas de terceiros durante o expediente.

E finalmente, não repassar a seus clientes, processos que sejam de propriedade da empresa atual, isto é, que só ela tenha e que não sejam comuns no mercado.

Outro cuidado muito importante é você ler o seu contrato de trabalho, para se certificar de que nada consta nele, sobre você ter um trabalho paralelo.

Dito isso, eu desconfio que a sua empresa não irá ficar calada, quando descobrir que você está prestando serviços externos na mesma área em que atua.

No mínimo, você irá ouvir que deveria ter consultado a empresa antes, para saber se não haveria conflito de interesses. E é isso o que eu lhe sugiro fazer.

Fale com o seu superior. Se você depende do seu emprego atual, é melhor não correr riscos que possam ser mal interpretados.

Max Gehringer, para CBN.


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