Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/04/2010, sobre a imagem da empresa e dos funcionários.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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O comportamento dos funcionários e a imagem da empresa
"Minha sobrinha tem 19 anos e é professora de uma escola de inglês", escreve uma tia ouvinte. "Uma das alunas está fazendo aniversário e convidou minha sobrinha para festa. Porém, minha sobrinha foi informada que o regulamento interno da escola proíbe o comparecimento de professores a festas de alunos. O motivo alegado é que houve problemas de comportamento de professores no passado. Isso está correto? A escola pode interferir na vida pessoal de seus professores?"
Deixe-me antes relatar um outro caso, para clarear um pouco a situação. Digamos que uma empresa forneça materiais para outra empresa. E vamos supor que a empresa fornecedora, convide os compradores da outra empresa para um fim de semana em um resort. Há algum problema nisso?
Sim. Chama-se imagem. Não são poucas as empresas que proíbem seus funcionários de ir a festas ou viagem, ou mesmo de aceitar presentes oferecidos por fornecedores.
Por que? Para manter a imagem de integridade. Existe neste caso uma desconfiança que um comprador, ao aceitar um convite ou um presente, irá retribuir favorecendo a empresa camarada numa negociação? É exatamente isso que empresa que proíbe não quer nem discutir. Simplesmente proibindo, ela elimina qualquer insinuação.
Voltando ao caso da escola, a sobrinha da nossa ouvinte foi convidada não porque era amiga de longa data da aluna, mas porque era professora. Nesse caso, a imagem da professora reflete diretamente na imagem da escola.
Essas decisões nem sempre são fáceis de entender, porque assim como há escolas e empresas que proíbem, também há escolas e empresas que permitem. E algumas escolas talvez até incentivem seus professores a participar dessas festas, porque eles poderiam atuar como relações públicas e conseguir mais alunos.
Não é que uma empresa esteja mais certa do que a outra. Ambas estão sendo coerentes com os princípios que estabeleceram. Portanto, qualquer decisão é correta, desde que um candidato a emprego seja alertado, antes de ser contratado, sobre o que pode ou não pode fazer. Caso não concorde com o regulamento interno, o candidato sempre tem a opção de recusar o emprego.
Max Gehringer, para CBN.
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