Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/04/2010, sobre quando o tempo de permanência no emprego é pouco.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
/===================================================================================
Qual é o tempo mínimo que se deve permanecer em um emprego?
"Qual é", pergunta um ouvinte, "o tempo mínimo que se deve permanecer em um emprego, para que o profissional não fique com aquela imagem de que não deu certo? Pergunto isso porque estou há apenas dois meses nesta empresa, mas já tenho motivos mais do que suficientes para não continuar nela."
Bom, o profissional pode ficar com uma imagem ruim quando é dispensado após pouco tempo num emprego. E mesmo assim, isso vai depender de outros fatores. Alguém que já teve três empregos e não deu certo em um, não precisa ficar muito preocupado. Pode-se atribuir esse fato a uma contratação errada.
Já quem é dispensado logo no primeiro emprego, e com pouco tempo de trabalho, precisará encontrar uma explicação bastante convincente para o fato. Caso contrário, será difícil conseguir o segundo.
Mas o seu caso é diferente. Porque você, pelo que entendi, não está correndo o risco de ser dispensado. Você é que está pensando em sair após dois meses. No mais das vezes, quem faz isso entrega a carta de demissão e depois sai atacando a ex-empresa em entrevistas. Essa não é uma boa idéia.
O melhor seria você procurar outro emprego enquanto está empregado. No mínimo, porque a quantidade de explicações que você terá que dar em uma entrevista será bem menor do que seria se você estivesse desempregado. Encontre um motivo plausível para justificar o seu desejo de sair. Por exemplo, o trabalho que você está executando é diferente daquele que lhe foi oferecido.
Também é recomendável você assumir a culpa por não ter feito as perguntas necessárias, quando de sua contratação, em vez de atribuir toda a culpa pela situação à empresa. Eu já disse isso outras vezes, mas não custa repetir: em entrevistas de emprego, falar mal da empresa anterior é dar um tiro no pé. E atacar o ex-chefe ou ex-colegas, é atirar nos dois pés.
Quando isso acontece, o entrevistador imediatamente se coloca numa posição defensiva. E a entrevista se transforma em um penoso interrogatório. O melhor motivo que alguém pode oferecer para mudar de emprego não é o de que a empresa anterior, ou a atual, é ruim. É o de que ela é boa. Mas a próxima será melhor.
Max Gehringer, para CBN.
Um comentário:
A pregunta?? rs
Geringer enrolou e nao respondeu à pergunta: qual tempo mínimo de permanência em um emprego pode causar impacto negativa no curriculo?
Postar um comentário