Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Meus antecessores na função não ficaram mais de cinco meses'
"Estou passando por uma situação profissional muito embaraçosa", escreve um ouvinte, que relata a dita situação: "Comecei nesse emprego faz apenas alguns dias e descobri que meus colegas de trabalho fizeram um bolão para prever quanto tempo eu duraria. Só aí é que eu fiquei sabendo que nenhum dos meus antecessores na função resistiu mais de cinco meses. Essa é uma boa empresa, embora o meu trabalho seja burocrático, chato, repetitivo e sujeito a erros. E aí vem o problema: os eventuais erros são criticados em voz alta pelo chefe, e meus colegas se divertem com as broncas que eu levo. Como posso conviver com essa situação?"
Bom, antes de mais nada, eu espero que o seu chefe não esteja participando do bolão, porque ele certamente acertaria o dia, o mês e a hora da sua demissão.
Mas vamos olhar a situação embaraçosa pelo lado desembaraçado. Como você mencionou que a empresa é boa, encare como um teste o tipo de trabalho que lhe foi dado. Se você passar, como os seus colegas já devem ter passado, você receberá tarefas menos chatas para executar.
Quanto ao bolão, eu lhe sugiro encará-lo não só como um desafio pessoal, mas também com bom humor. Peça para participar dele. Veja qual foi o prazo mais longo que lhe deram e coloque um mês a mais. E ao final de cada dia, antes de encerrar o expediente, despeça-se mencionando aos colegas quantos dias faltam para você ganhar.
Eu lhe sugiro também comunicar a seus colegas que você gastará o dinheiro do prêmio num happy hour para o qual todos estão convidados. Se você entrar na brincadeira, você conseguirá criar um clima leve. Caso se revolte, o clima ficará pesado e você não ganhará nada com isso, nem em termos de ambiente, nem em termos de dinheiro.
Existem várias situações em que um novo funcionário se sente rejeitado, com ou sem motivo. A melhor maneira de escapar não é se isolando, é participando. Você está tendo uma chance de mostrar que pode superar um desafio e ainda ganhar um troco. O lado bom da história é que tudo isso passa rápido. Pense que você poderia estar num emprego chato, com um chefe pernóstico e colegas irritantes, e sem nenhuma perspectiva de mudar essa situação. O seu caso é bem melhor, porque você ganhou uma rara oportunidade de poder, literalmente, rir por último.
Max Gehringer, para CBN.
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