Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/01/2011, sobre as qualidades para subir para o cargo de gerente.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Conheço gerentes que não têm qualidades que justifiquem suas posições'
Consulta de um ouvinte que acredita em parâmetros. Ele escreve: "Conheço várias pessoas que ocupam cargos de gerente nas empresas em que atuam. Reconheço que algumas delas merecem o título, mas não muitas. A maioria me dá impressão de não ter qualidades que justifiquem as posições que ocupam. Não são pessoas aparentemente mais inteligentes do que a média. Não são profissionais com larga experiência ou com muitos cursos. Mesmo correndo o risco de você achar que eu sou apenas um ouvinte frustrado por não ter conseguido chegar aonde esse pessoal chegou, eu lhe perguntaria: por que ainda não cheguei? Será falta de sorte?"
Vamos lá. Como dizia Sherlock Holmes, quando se elimina de uma equação o impossível, o que vai sobrar, mesmo que pareça improvável, deve ser a verdade. Vamos então começar eliminando os estereótipos. Não existe uma descrição do gerente ideal que possa ser aplicada igualmente a todas as empresas.
Os motivos que levam um profissional a uma posição gerencial variam bastante. Aqui vai uma pequena lista, sem ordem de importância: o tempo de casa, a confiança do patrão, os resultados práticos, o marketing pessoal, o fato de ser amigo ou parente de alguém influente.
Não é preciso ter todas essas coisas. Uma delas bastaria, se a empresa em questão atribuir a ela uma importância maior do que atribui a todas as outras.
Cada um dos gerentes que nosso ouvinte conhece tem pelo menos uma dessas qualidades. E aí é que vem a sorte. Uma determinada qualidade pode não saltar aos olhos de quem avalia de fora, mas pode ser a mais desejada por uma empresa específica. E alguém apenas mediano, que só possui aquela qualidade, deu a sorte de arranjar um emprego exatamente naquela empresa.
Ao nosso ouvinte, eu recomendaria que ele, caso queira fazer carreira na empresa atual, entendesse o que ela deseja de um gerente e tente se adequar a esses padrões. A comparação com outras empresas, nesse caso, não faz sentido, porque cada uma tem seus próprios critérios.
O que sobra, então, é a verdade, segundo Sherlock Holmes. O nosso ouvinte está olhando na direção errada. Ele precisa olhar para a própria empresa e para si mesmo.
Max Gehringer, para CBN.
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