Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Uma aula de habilidade social
A consulta de hoje é interessante. Uma ouvinte escreve para discordar de um comentário que fiz sobre habilidade social, no qual eu mencionei a importância de se dar bem com todos os colegas de trabalho, incluindo aqueles que não são lá muito simpáticos.
Pois bem, a nossa ouvinte pondera que a personalidade vale mais que a simpatia forçada. E relata que ela se dá bem com dois ou três colegas. Quanto aos demais, ela mal consegue aturar meia dúzia e simplesmente ignora a dúzia restante. E termina dizendo que ninguém deveria fingir que gosta de laranjas azedas só para ser agradável.
E eu concordo. Vamos então falar das laranjas doces. Ou seja, os dois ou três colegas com os quais a nossa ouvinte se relaciona bem. Se eles pensam exatamente como a nossa ouvinte, e assim como ela, eles também ignoram o restante dos colegas, isso chama panelinha.
Porém, se esses dois ou três colegas mantém um relacionamento no mínimo cordial com os demais, então a nossa ouvinte está tendo, sem perceber, uma lição prática do que é habilidade social.
Eu sugiro que a nossa ouvinte preste atenção quando um desses doces colegas estiver conversando com um dos integrantes daquela dúzia azeda e intragável. Se eles são capazes de manter uma conversa amistosa, não seria o caso da nossa ouvinte supor que a mesma coisa poderia estar ocorrendo em relação a ela? Que a personalidade dela, que a afastou da maioria, está sendo aceita somente porque esses dois ou três possuem a habilidade social necessária para se aproximar de qualquer colega, incluindo a nossa ouvinte?
Pelo sim, pelo não, eu recomendo que a nossa ouvinte preste atenção na maneira como esses colegas agem, porque tudo indica que eles estão dando aulas diárias gratuitas de habilidade social e ela não está aproveitando.
Max Gehringer, para CBN.
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