2012-01-20

Permita que os funcionários adotem apelidos nos crachás - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 20/01/2012, sobre apelidos nos crachás da empresa.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Permita que os funcionários adotem apelidos nos crachás

crachás

"Tenho uma dúvida com relação a crachás, um assunto que você comentou recentemente", escreve uma ouvinte que é gerente de Recursos Humanos de uma empresa. Segundo ela, uma empresa bem tradicionalista. A nossa ouvinte implantou o uso do crachá e não teve problemas de rejeição porque soube explicar bem direitinho os motivos da novidade.

Só que alguns funcionários são conhecidos por apelidos, e em seus crachás foi colocado o sobrenome. Eles pleitearam a troca, e a nossa ouvinte está tendo dificuldade em convencer a diretoria a aceitar o pedido.

Vamos lá. Tudo é uma questão de bom senso. Eu não creio que exista no Brasil uma instituição mais tradicionalista do que o exército. Todo soldado deve ter um nome de guerra. E, segundo a norma militar, deve ser o sobrenome. Quando eu servi o quartel, o sargento viu meu sobrenome e imediatamente decidiu que meu nome de guerra seria Max, sem precisar consultar nenhum general para tomar a decisão.

Um outro caso foi de um colega de trabalho que desde criancinha tinha o apelido de 'Macarrão'. Quando os crachás foram implantados na empresa, nós descobrimos que o nome dele era Onildo. Decisão da empresa: no crachá do Onildo, constou Macarrão. Um ano depois, ele foi promovido a gerente e passaria a ter contato direto com o público. Ele mesmo entendeu que muitos clientes não iriam respeitar um cliente chamado Macarrão, e adotou, para fins profissionais, o nome de batismo.

A minha sugestão para nossa ouvinte seria: deixe os funcionários satisfeitos, permita que eles ostentem no crachá o nome da preferência deles. Há assuntos muito mais importantes do que esse para ocupar o valioso tempo da diretoria.

Max Gehringer, para CBN.

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