Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 03/01/2012, sobre confessar ou não um erro ao chefe.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Devo procurar o meu chefe e confessar um erro?'
"Estou com uma dúvida atroz que não tem me deixado dormir", escreve um insone ouvinte. "Cometi um erro em meu trabalho. Creio que a possibilidade de meu erro vir a ser descoberto é mínima, e não comentei nada com nenhum colega, nem mesmo aqueles em que eu tenho mais confiança. Minha dúvida é: devo procurar o meu chefe e confessar o meu erro?"
Sim, deve. O fato do erro ainda não ter sido encontrado, não quer dizer que ele não será. E caso seja, você poderia argumentar de duas maneiras. A primeira seria dizer que não percebeu o erro, o que somaria uma mentira à sua omissão em confessar.E a segunda você sinceramente dizer que ficou com receio das consequências, o que não amenizaria em nada a situação.
Mas permita-me fazer uma dedução. Sua dúvida não me parece ser uma questão de moralidade. A sua consciência já lhe disse o que você deve fazer e por isso você não consegue dormir.
Eu imagino que boa parte de sua preocupação se deva ao fato de que você não conhece suficientemente o seu chefe e não sabe como ele poderá reagir. Ou então conhece muito bem e sabe que ele reagirá mal. Se você tivesse um chefe compreensivo, teria conversado imediatamente com ele.
Apesar disso, eu lhe aconselho a relatar o seu erro. A confissão, se não é uma garantia de perdão, pelo menos é uma atenuante. A não ser que seu erro tenha sido colossal, você provavelmente levaria uma bronca e uma advertência. Já o seu silêncio tanto pode resultar em sua demissão quanto em absolutamente nada, caso ninguém descubra que você errou.
Essa é uma aposta delicada, mas para ajudá-lo a decidir, posso lhe dizer que em todos os casos semelhantes ao seu que eu vi na vida, um funcionário que confessou espontaneamente o erro, nunca foi demitido.
Max Gehringer, para CBN.
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