Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/04/2014, com um ouvinte fez um acordo para a empresa pagar um curso, em troca de ficar na empresa por um tempo, mas agora recebeu uma boa proposta para sair.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Fiz um acordo para a empresa pagar meu curso, mas recebi uma proposta muito vantajosa'
Um ouvinte escreve: "Há dois anos, solicitei que minha empresa me pagasse um MBA. Meu diretor concordou, com a condição de que eu me comprometesse a permanecer na empresa por três anos, ou seja, um ano a mais do que duraria o curso. Concordei e assinei um contrato nesse sentido. Estou terminando o MBA e recebi uma proposta muito vantajosa para mudar de emprego, mas ainda estou amarrado por mais um ano pelo contrato que assinei. Pergunto que riscos eu correria se rompesse esse contrato?"
Nenhum. A legislação dá ao empregado o direito de se desligar da empresa no momento que quiser. E um contrato, como o que você assinou, não pode se sobrepor a uma lei federal. Mal comparado, seria o mesmo que um empregado assinar um papel dizendo que abre mão das horas extras que fizer. Se depois de dois anos esse empregado entrar com um processo trabalhista para receber as horas extras que fez, terá 100% de chance de ganhar a causa.
No seu caso, porém, há uma diferença entre o que é legal e o que é ético. Você não foi forçado a assinar nada e nem foi enganado por um empresário sem escrúpulos. A iniciativa de solicitar um curso foi sua e você aceitou a condição oferecida. Eticamente, então, você teria duas opções. A primeira seria devolver o valor que a sua empresa pagou pelo curso, com correção monetária. A segunda seria cumprir com sua palavra e ficar mais um ano.
Não sou eu quem vai lhe dizer que decisão você deve tomar, porque a vida é sua e a carreira também. Apenas reitero que não é ético combinar uma coisa quando ela lhe é conveniente e roer a corda quando ela deixa de ser.
Max Gehringer, para CBN.
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