Sabe aqueles filmes que começam em um gênero e têm uma virada que os transforma num gênero completamente diferente? Talvez o exemplo mais emblemático (ou pelo menos mais citado) seja Um Drink no Inferno, que começa com uma pegada mais dramática/suspense policial e na metade se transforma num terror gore/galhofa. Bem, o curta Burning Hearts (em tradução livre, "Corações em Chamas"), dirigido por James McFay e produzido por Toshio Hanaoka, é um desses exemplos de histórias que se transformam ao longo da narrativa, passando de um gênero a outro. (Se não quiser spoilers, dê um play agora. Vídeo sem legendas, mas fácil de entender.)
BURNING HEARTS (バーニング ハーツ) from Beaufort on Vimeo.
O início de Burning Hearts nos mostra o drama pessoal de Elle, uma modelo no Japão, que tem seu coração quebrado. Atordoada, ela não percebe que está andando em direção a elementos não muito recomendáveis. E é nesse momento que o herói de nossa história, um taxista, se mostra, lutando para proteger a mocinha.
O curta começa como um drama convencional (decepções amorosas fazem parte da vida, afinal), mas com um contexto que o diferencia (modelos no cenário japonês). Mas depois de uns 7 minutos, o curta torna-se um filme de ação e artes marciais.
Com uma cena de luta emblemática, filmada toda em um único longo plano, a segunda parte do curta tem aquele ar de jogos de luta dos 16-bit (como Streets of Rage ou Final Fight), onde o herói caminha por um caminho horizontal, derrotando inimigos que surgem todos vestidos do mesmo jeito. Até mesmo o logo de Burning Hearts nos remete a essa ideia (reparem como é parecido com o logo do Final Fight, usando a mesma tipologia).
Dica via Short of the Week - Burning Hearts.
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