Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 13/02/2015, com a série "Aprenda a ser Chefe", sobre como os times atuais precisam dos talentosos e como uma das obrigações dos chefes é saber reconhecê-los.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Aprenda a ser Chefe: Chefes devem saber reconhecer os talentosos
Você certamente já se cansou de ouvir que toda empresa precisa ter um time forte, um time unido, um time vencedor. E isso é muito importante, mas para entender o conceito de time, antes de mais nada é preciso entender de onde veio a palavra "time". Ela existe há séculos e no inglês arcaico significava "puxar".
Por isso, em sua origem, a palavra era aplicada aos bois, que puxavam os arados. Evidentemente, para que o time dos bois funcionasse bem, todos os bois tinham que puxar ao mesmo tempo, na mesma direção e com a mesma força. Naquela época, os bois que demonstravam ter mais vontade que seus companheiros acabavam atrapalhando o time e viravam churrasco.
Foi só no século 16, quando a palavra "time" começou a ser aplicada também a seres humanos que executavam um trabalho em conjunto, que os proprietários de times humanos perceberam que teriam que lidar com uma novidade: o talento. Todo time tem sempre alguém que é mais talentoso que o resto.
Não por acaso, no século 19 os ingleses passaram a chamar as suas equipes de futebol de times, porque os times, para serem vencedores, precisavam dos jogadores esforçados e disciplinados, que garantiam os bons resultados, mas não podiam prescindir dos talentos, que corriam menos e não gostavam de receber ordens, mas podiam resolver a partida com uma jogada criativa e inesperada.
Os melhores times da história, tanto no futebol quanto nas empresas, são os que conseguiram achar um lugar para o talento. E dar a ele, ocasionalmente, a chance de brilhar sozinho.
Por isso, quando um chefe diz, orgulhoso, que nós temos um time unido, é preciso saber em que século ele está pensando. Se no século 16, quando os talentos eram desprezados e todo mundo tinha que ser igual, ou se no século 21, quando uns poucos podem e devem ser diferentes.
Uma das suas obrigações como chefe é a de reconhecer os mais talentosos em seu time e usá-los como exemplo positivo para os demais subordinados.
Max Gehringer, para CBN.
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