Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/02/2015, com a série "Aprenda a ser Chefe", sobre como o mundo corporativo pode não ser perfeito e a importância de entender como a empresa avalia quem será promovido.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
/===================================================================================
Aprenda a ser Chefe: Entenda como a empresa avalia quem será promovido
"Para subir na carreira, não basta ser dedicado e eficiente, é preciso ser puxa-saco e jogar sujo." Você já ouviu alguém dizer isso? Muita gente diz. Mas vamos analisar a situação pelo outro lado.
No Brasil, existe um milhão e meio de profissionais que ocupam cargos de chefia em empresas privadas, e que recebem salários que são, no mínimo, 20 vezes maiores do que o primeiro salário do primeiro emprego. Se dermos crédito às queixas dos reclamantes, esse milhão e meio de profissionais seria a escória moral do mercado de trabalho. Um batalhão de gente que só subiu na carreira porque jogou sujo. Será?
Claro que não. A outra maneira de explicar como esses privilegiados chegaram aonde chegaram, é a de tentar entender os critérios que uma empresa adota para promover alguém. Certamente, dedicação e eficiência estarão entre eles, são dois fatores importantes, mas não os únicos. A empresa também considera, não necessariamente nessa ordem, capacidade de liderança, marketing pessoal sem puxa-saquismo, contribuições que vão além dos objetivos e adaptação à cultura da empresa.
Muitos profissionais passam anos executando a mesma função porque possuem apenas um ou dois desses fatores, mas não todos eles. Isso é ruim? Não, pelo contrário. Funcionários assim são muito apreciados e elogiados, só não são promovidos. Para quem tem ambições maiores, é importante saber se auto-avaliar. Mas é muito mais importante entender como a empresa avalia quem será promovido. E procurar se encaixar em todos os requisitos.
Por isso, tenha sempre em mente que empresas não têm como meta prejudicar os eficientes e valorizar os medíocres. O mundo corporativo pode não ser perfeito, mas também não é tão imperfeito.
Max Gehringer, para CBN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário