Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/04/2016, sobre as diferenças do mundo escolar e do mundo profissional.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Melhores alunos não se dão bem no mercado de trabalho?
Um ouvinte escreve: "Nunca fui bem na escola. Quando muito, fui um aluno mediano. Muita gente diz que os melhores alunos não se dão bem no mercado de trabalho. Isso é verdade?"
Não, eles geralmente se dão muito bem. O que acontece é que os piores alunos também têm condições de desenvolver boas carreiras profissionais. E até de superar, em cargos e salários, antigos colegas de classe que tiveram melhor rendimento acadêmico. A explicação para esse fenômeno chama-se adaptação.
A escola e o mercado são mundos diferentes. Os bons alunos são aqueles que se adaptam melhor ao mundo do aprendizado das matérias ensinadas, ou por gostar, ou por se esforçar mais, ou por ter melhor capacidade de memorização.
Os bons profissionais são aqueles que se adaptam a situações que eles precisam enfrentar sozinhos e tomar as próprias decisões. E muitas dessas situações nada têm a ver com o que foi ensinado nas escolas. Em que aula alguém aprende a engolir a frustração de ouvir uma bronca injusta do chefe? Ou de ganhar menos do que merece? Ou de não ter sido promovido quando achava que deveria ser?
Além disso, existem também algumas artes profissionais muito valorizadas e que pesam bem menos nos bancos escolares, como a de convencer, a de agregar, a de liderar, a de saber a hora de falar e a de se calar.
Portanto é possível que um ótimo aluno não chegue a diretor de uma empresa e que um aluno mediano chegue. Mas ser um bom aluno ainda é o melhor começo para uma carreira bem sucedida.
Max Gehringer, para CBN.
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