2018-05-23

Boas coisas podem acontecer em etapas e não é humilhação começar um degrau abaixo - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/05/2018, com uma ouvinte que não aceitou uma vaga de emprego abaixo de sua qualificação.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/==========================================================================

Boas coisas podem acontecer em etapas e não é humilhação começar um degrau abaixo

degraus carreira

Uma ouvinte escreve: "Sou formada nutricionista. Por indicação de um amigo, fiz uma entrevista em uma empresa. E ao final dela, a pessoa me perguntou se eu estaria interessada em uma posição de analista de laboratório. Agradeci e respondi que não, obrigada, porque essa é uma função que nem precisa de curso superior, e eu consegui concluir o meu com muito sacrifício.

Acho que até já teria me esquecido disso, se depois eu tivesse conseguido um emprego como nutricionista. Mas já faz cinco meses que tenho batalhado por um e ainda não encontrei nada. Fico pensando se tomei a decisão certa."


Em minha opinião, você se precipitou ao recusar a proposta sem, ao menos, fazer algumas perguntas, como estas: se você aceitasse a função técnica, haveria a possibilidade de surgir uma vaga de nutricionista nos meses seguintes? Se surgisse uma, você seria a primeira candidata a ela? Os salários e benefícios da vaga técnica oferecida eram razoáveis?

Parece-me que você deixou o seu orgulho responder antes que o seu juízo pudesse avaliar detidamente a oferta. Se aceitasse, você entraria em uma empresa que dispõe da função que você está procurando. E, se a oferta lhe foi feita, é porque a pessoa que a entrevistou, viu em você atributos e qualidades para contratá-la como uma espécie de reserva natural, para quando a vaga surgisse.

Em resumo: às vezes, boas coisas acontecem em duas etapas. E não é humilhação começar um degrau abaixo.

Max Gehringer, para CBN.


Nenhum comentário: