Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/05/2018, sobre a razão que as empresas perguntam, em entrevistas de emprego, a pretensão salarial do candidato.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Empresas perguntam pretensão salarial para testar ambição do candidato
Escreve um ouvinte: "Em uma recente entrevista de emprego, me foi perguntado que salário eu estaria pretendendo ganhar. Não seria mais fácil a empresa me dizer qual era a faixa salarial da função, já que, pelo que sei, isso não é negociável?"
Bom, a primeira razão para a pergunta é testar o grau de ambição do candidato. Se ele mencionar um valor muito alto, isso pode significar que ele já entraria na empresa descontente, mesmo aceitando um valor mais baixo.
Por isso, é bom que o candidato esteja preparado para mencionar não um valor específico, mas uma faixa salarial, cuja diferença entre os pontos mínimo e máximo seja de uns 20%. Essa informação pode ser encontrada em sites que publicam pesquisas salariais. Mas melhor ainda seria o candidato saber quanto ganham os seus amigos que ocupam funções semelhantes em empresas da sua cidade.
A segunda razão é que, ao contrário do que você afirmou, salários são negociáveis. Já faz algum tempo que empresas vêm adotando funções com nome duplo, tipo "auxiliar pleno" ou "assistente sênior", exatamente para ter uma pequena margem de manobra no momento de contratar ou de oferecer um reajuste salarial, mas dentro da mesma função.
No seu caso, se a sua pretensão se encaixasse na faixa salarial da empresa e se você tivesse agradado na entrevista, a discussão teria sido possível. Nada exagerado, talvez uns 5%. Mas suficiente para o candidato sair contente e a empresa ficar satisfeita.
Max Gehringer, para CBN.
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