Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 31/07/2018, com uma ouvinte que era a mais experiente num processo seletivo de emprego, mas não conseguiu a vaga.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Experiência nem sempre conta mais em entrevista de emprego
Uma ouvinte escreve: "Participei de um processo seletivo e, circunstancialmente, tive a oportunidade de conhecer as outras três candidatas que competiam comigo pela vaga, já que fomos todas entrevistadas em rodízio, na mesma tarde. Minha experiência era bem maior que a delas, mas a selecionada foi uma das menos experientes. Não entendi bem o critério que a empresa utilizou. E apreciaria ouvir o seu input."
Certo. Experiência é, de fato, um dos fatores requeridos em um processo, embora não seja o único.
Mas digamos que, no caso do processo de que você participou, a experiência tenha, sim, sido relevante. Só que aí entra a diferença entre tempo corrido e resultados obtidos.
Ou seja, a candidata que foi selecionada pode ter sido mais feliz ao relatar fatos, dados e casos práticos. E mais feliz ainda, ao mostrar como esse aprendizado poderia ser útil para a empresa contratante.
Além disso, entrevistadores levam em conta o quanto um candidato se preocupou em aprender sobre a cultura da empresa, buscando informações disponíveis na internet ou através de empregados da própria empresa. E tudo isso junto pode decidir o processo em favor de alguém que pareça ter menos chances iniciais.
Você talvez até fosse a candidata mais capacitada, mas não conseguiu convencer os entrevistadores de que seria a mais eficaz na execução do trabalho. Sinto, mas fica a dica de que, em seleções, o melhor pode ser superado pelo que se preparou melhor.
Max Gehringer, para CBN.
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