Fiquei com vontade de escrever alguma coisa e aqui estamos. E porque hoje choveu o dia inteiro e eu cheguei em casa todo molhado de noite.
E pra senhorita que me escreveu hoje, não se preocupe, porque apesar do poeminha ser um tanto quanto triste, não reflete o meu estado de espírito (pelo menos de hoje) e não seguirei os passos do jovem Werther.
Chuva
Hoje o dia e a noite se entrelaçaram num céu escuro,
Em comum, apenas as lágrimas caindo das nuvens acima.
Nestes dias, em que o passado se mescla com o futuro,
O presente, vazio efêmero, recebe toda a minha estima.
Era noite, o frio cortava com o barulho do vento.
A roupa molhada, pelas lágrimas, pelo sofrimento,
Se disfarçava com a água da chuva do momento.
Vendo as gotas cairem na terra molhada, qual a diferença
Entre as lágrimas e a chuva, entre o ombro e a terra?
Ambos acolhem, abraçam, com aquela paciência imensa,
A dor, o sofrimento que cada minúscula gota encerra.
O frio, o vento, o barulho da água batendo lá fora,
Eu andava depressa, molhando os óculos, sem demora.
Chovia lá fora, e ainda chove aqui dentro, agora.
2 comentários:
aqui tem chovido muito, dentro e fora.
bjs
Uffa! que alívio, viu?
já estava pensando em visitar a Ilha... :) pra te salvar de pular. Não esqueça meus conselhos, de uma morte limpinha! :)
lindo o poema! você anda inspirado (o que é muito bom porque quem ganha somos nós).
beijos,
da senhorita que te escreveu
Postar um comentário