2010-06-25

Mentir pode provocar demissão por justa causa - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/06/2010, sobre como uma mentira pode gerar demissão por justa causa, influenciada pelo cigarro.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Mentir pode provocar demissão por justa causa

antifumo cigarro
"Faz uma semana", escreve um ouvinte, "fui contratado por uma empresa. Dentre os documentos que tive que assinar, havia um chamado 'declaração de não-fumante'. Eu fumo, mas não no trabalho. Fumo em minha casa ou durante o meu horário de almoço, mas sempre fora da empresa. Portanto, em minha visão, eu não estaria desrespeitando o que declarei na carta. Gostaria de saber se fiz mal em não deixar isso claro no momento em que assinei a carta."

Sim, você fez muito mal. Porque se você tivesse dito a verdade, não teria sido contratado, já que não ser fumante era um pré-requisito.

Em resumo, ao assinar a declaração, você mentiu. Da mesma maneira que teria mentido se afirmasse que concluiu um curso que não concluiu. Em ambos os casos, a empresa está confiando apenas na palavra do contratado. E a quebra dessa confiança pode resultar numa demissão por justa causa.

A declaração de não-fumante que algumas empresas estão pedindo, é perfeitamente aceitável nos casos em que o funcionário terá contato direto com um público externo majoritariamente composto por não-fumantes. Um motorista, por exemplo, ou um caixa de supermercado.

Para que haja a quebra da confiança e a consequente demissão, não é necessário que o empregado seja flagrado fumando. O cigarro deixa cheiro, no hálito, na pele e na roupa. O fumante pode não perceber, mas os não-fumantes têm narinas muito sensíveis e percebem.

A declaração de não-fumante não significa que a empresa está proibindo um adulto responsável de fumar. Significa que por uma questão de respeito aos clientes, a empresa está dando preferência a contratação de não-fumantes.

No caso de nosso ouvinte, ele tem duas opções: parar de fumar ou procurar outro emprego em que existam menos restrições ao tabagismo. A terceira opção, a de tentar burlar algo que foi declarado e assinado sem imposições, é um risco muito grande, para a saúde e para a carreira.

Max Gehringer, para CBN.

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