Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/06/2010, sobre o processo de seleção das empresas.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Seleção de empresas: avaliação de psicólogos e avaliação técnica
Um ouvinte faz uma pergunta sobre seleção, não a de futebol, mas a das empresas.
Diz ele, e eu concordo, que a entrevista inicial é feita por alguém da área de recursos humanos. Normalmente, diz o ouvinte, por psicólogos. Eu também concordo. Só depois, os afortunados que passarem pela peneirada de recursos humanos serão entrevistados por alguém que realmente terá condições de avaliar a competência técnica do candidato, o futuro chefe direto, na maioria dos casos.
O ouvinte pergunta se esse processo não está virado pelo avesso. Não seria mais lógico selecionar primeiro os melhores técnicos e depois descobrir, dentre eles, quais são os mais equilibrados psicologicamente? O processo atual não estaria eliminando alguns candidatos que poderiam dar as melhores contribuições profissionais para a empresa?
A resposta é sim. Porém, do ponto de vista da empresa, um bom funcionário é aquele que reúne competência técnica e capacidade de relacionamento em todos os níveis. Pode-se iniciar o processo de seleção por qualquer das duas extremidades.
Por que, então, se começa pela parte pessoal e não pelo lado técnico? Essa seria uma exigência de recursos humanos?
Não. Desde que eu me recordo, essa sempre foi a preferência do futuro chefe direto. Chefes preferem receber apenas os candidatos que já passaram pelo crivo inicial do relacionamento, da adaptação à cultura, do trabalho em equipe, do respeito à hierarquia e de outras qualidades apreciáveis num bom profissional.
Em síntese: primeiro se procura quem irá se adaptar à empresa como um todo, e depois quem irá se adaptar ao trabalho em si.
Para nossos ouvintes que se consideram excelentes técnicos, a dica é não tentar discutir o aspecto técnico com a pessoa de recursos humanos. Essa não é a função dela, e ela não irá se impressionar com números ou com palavras típicas de uma área técnica. O papel dela é avaliar, previamente, se o excelente técnico será um excelente colega de trabalho.
Max Gehringer, para CBN.
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