Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Como fazer com que um currículo se destaque sem mentiras
Esta semana fiz um comentário explicando o que acontece com os currículos que são enviados para empresas. Para quem não ouviu o comentário, repito que apenas uma pequena parcela desses currículos vai para um banco de dados. E que a possibilidade de ser chamado para uma entrevista também é bastante remota.
Bom, como sempre, muitos ouvintes escreveram comentando o assunto. Mas uma das mensagens trouxe uma informação que será bastante útil para quem está elaborando um currículo e quer que ele seja chamativo. Quem escreveu foi um selecionador de uma grande empresa. Exatamente aquela pessoa responsável por uma equipe que faz a leitura e a triagem inicial dos currículos que chegam por correio ou email.
O selecionador relatou um fato preocupante: 1 em cada 3 currículos que são selecionados, contém alguma mentira. Talvez pela ansiedade de fazer com que seu currículo se destaque, muitos pretendentes a um emprego exageram nos cursos que fizeram, ou nas funções que ocuparam, ou na fluência de um idioma.
Para ilustrar, o selecionador citou o caso de um jovem de 25 anos que colocou no currículo uma pós-graduação na Inglaterra e inglês fluente. Evidentemente, o currículo chamou a atenção e o jovem foi convocado para uma entrevista. O selecionador precisou de apenas dois minutos para descobrir que a pós-graduação tinha sido na verdade, um curso de férias de uma semana, e que o inglês do jovem estava longe de ser fluente.
O jovem explicou que de fato, exagerou um pouco para conseguir a entrevista, mas que tinha todas as condições de fazer um bom trabalho, caso fosse admitido pela empresa. De sua parte, o selecionador deu por encerrada a entrevista, e explicou que nenhuma empresa séria admitiria um candidato que mentiu no currículo.
Conclusão: além de uma lista de realizações acadêmicas e profissionais, o currículo funciona também como um atestado de idoneidade do candidato. E faltar com a verdade, já no primeiro contato, não é uma boa estratégia.
Max Gehringer, para CBN.
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