Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 22/10/2010, sobre como ir trabalhar no exterior.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Tenho 32 anos e quero trabalhar no exterior'
"Estou com 32 anos", escreve um ouvinte, "e tenho o sonho de trabalhar no exterior. Sou gerente de uma multinacional e acredito que uma experiência dessas irá agregar muito a meu currículo."
É verdade. Você não está falando nem de intercâmbio, nem de estágio universitário, e nem de trabalho OPER*, que é um nome bonito para empregado sem qualificação. Se você conseguir uma vaga no exterior, no mesmo nível funcional que tem no Brasil, ou melhor, o seu currículo de fato ficará mais valorizado.
Então vamos começar pela parte mais complicada. Para trabalhar legalmente nos países da América do Norte ou da Europa, você precisará de um visto especial, concedido pelo consulado do país, aqui no Brasil. Esse visto, porém, só é concedido se você já tiver um emprego previamente acertado com uma empresa no exterior. Nenhum consulado lhe dará um visto de trabalho para você desembarcar no país e sair procurando um emprego.
Você teria então duas possibilidades. A primeira é a sua própria empresa transferi-lo para o exterior. Acredito que você já tentou essa opção e não conseguiu, senão não estaria me escrevendo. E a segunda é você enviar currículos diretamente para as empresas que lhe interessam, ou se cadastrar em sites internacionais que oferecem vagas para estrangeiros.
Ou seja, procurar emprego no exterior não é muito diferente de procurar emprego no Brasil. Se existir uma vaga e você for selecionado para o processo, você passaria por uma bateria de entrevistas para avaliar o seu conhecimento técnico, a sua experiência prática e a sua fluência no idioma local. E aí, se você for o escolhido, a própria empresa providenciaria a documentação necessária para você apresentar no consulado e conseguir o visto temporário de trabalho.
Há ainda um outro empecilho. O hemisfério norte ainda não se recuperou da crise econômica do ano passado e as vagas para os estrangeiros ficaram mais escassas. De qualquer forma, vale a pena você tentar.
Como última dica, o networking que aqui gorjeia, também gorjeia por lá. Se você tiver o contato de um executivo brasileiro trabalhando no exterior, a indicação dele poderá ser preciosa. Ou então, como há várias empresas brasileiras com filiais no exterior, você pode começar a sua busca por elas, através de seus contatos, aqui mesmo no Brasil.
Max Gehringer, para CBN.
* não consegui escutar direito a expressão.
2 comentários:
Hum, apesar dos 32 anos, a problemática continua a mesma que no Brasil, procurar emprego na mesma altura não é fácil, e se tratando de estar em outro país aí fica mais complicado, porém, não é impossível.
Eu nem li o texto, só vi o título.
É por isso que eu não sirvo pra ser colunista tipo essa gente que responde cartas. Pq eu daria uma de Ronnie Von e diria: "vai"
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